


Penso que sigo
Mas finco meu passo
No traço que faço
Em torno de mim
É tenso esse fico
Destroço, cansaço
O compasso me trava
A vida é assim
O imenso boato
Que tudo é concreto
Não conta de fato
Em conter o motim
O denso retrato
Que pinto no alto
Me aponta o trajeto
Que busco enfim
Em verso desfaço
A couraça que enrosca
Do laço me solto
Adeus camarim
O intenso recato
Que sinto inato
Se perde no salto
De um trampolim
O universo abstrato
Agora é meu palco
Lá danço envolto
Por tenro jardim
Pertenço ao espaço
Do canto de um quarto
Pedaço, no entanto
De um mundo sem fim.
E na sequência, fotos do projeto UMQDHQ, também do Sesc, onde eu dei uma oficina de 13 a 16 de agosto de 2013. Lugar feliz cheio de gente talentosa.
Em breve, posto alguns trabalhos produzidos por lá!
Genoino se entrega na sede da Polícia Federal em São Paulo
Ex-presidente do PT deixou sua casa antes das 18h e fez sinal de vitória. Em nota, Genoino afirmou que se considera um ‘preso político’.
Um menino sumiu. Desapareceu. Choro. Desespero. Um brinquedo vazio. Frio, o repórter reporta o fato. Nenhuma lágrima. Nenhuma emoção. Um microfone empunhado por uma pedra. De gelo. É assim. Tem que ser. Neutro. Isento. Indiferente. Só que a vida é diferente. É quente. Explosiva. Tem dores, amores e humores. Sensações. Sentimentos. Mas não se envolva, repórter! Não se deixe envolver! Não se deixe. Não, não. Não deixe. Deixe… Tarde demais. Uma lágrima já escorreu. Deve ser o gelo se derretendo. Deve ser.
Esta tirinha, feita originalmente para o Salão de Piracicaba 2009, foi publicada nas provas do Enem deste ano para mais de 5 milhões de alunos.
O G1 e a TV Globo Sul de Minas repercutiram a história. Veja as matérias:
A imprensa de Guaxupé também falou sobre a tirinha. Saiu no Correio Sudoeste, Folha do Povo, Jornal da Região e Portal Gxp (leia aqui).
Obrigado a todos!